Se você acompanha o Cafezinho há algum tempo, percebeu que no último semestre de 2024 eu me apaixonei por poesia.
E é claro que a poesia italiana ia dar as caras e me arrebatar. Desde então, vivo, respiro e penso de forma constante nos versos de autores como Cesare Pavese, Patrizia Cavalli e tantos outros.
Ainda assim, percebi, principalmente entre amigos leitores, que a poesia italiana — na verdade, a literatura italiana como um todo — não é tão difundida por aqui.
E para provar que existe mais do que Dante e Petrarca fazendo versos, compilei os 5 melhores livros para começar na poesia italiana e uma menção honrosa que fui obrigada a incluir.
Sem mais delongas, vamos à lista e aos motivos que me levam a indicar cada livro nela:
“Na terra e no céu: 84 sonetos de amor para Laura”, Francesco Petrarca
Ok, existe mais do que Dante e Petrarca, mas esse foi um dos primeiros livros que li de poesia italiana, e foi amor à primeira vista. Exatamente como o de Petrarca por Laura, na igreja de Santa Clara de Avignon, na Sexta-Feira Santa de 1327.
Esses sonetos fazem parte do Cancioneiro, a maior obra de Petrarca, que conta com mais de 300 fragmentos entre sonetos, cantos e outras formas poéticas.
Indico começar pelos sonetos, que são mais amigáveis. Outra experiência legal é procurar por leituras online, para você ler enquanto ouve.
Confia que vai ser bom.
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“Virá a morte e terá os teus olhos”, Cesare Pavese
Depois de Petrarca, esse foi o meu poeta preferido — apesar de Pavese ter se dedicado mais aos romances do que aos versos.
Li e reli de cabo a rabo, pelo menos, umas três vezes esse que foi o último livro de poemas de Pavese, compilado por ninguém mais ninguém menos do que Ítalo Calvino, grande amigo e colega de editora de Pavese. É mole?
Se você ainda não sabe se deve dar uma chance ou não, leia apenas o poema que dá título ao livro — aqui, na edição bilíngue e 0800 — e tente não se apaixonar pela poesia sucinta e, ao mesmo tempo, profunda de Pavese.
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“Cantos”, Giacomo Leopardi
A beleza dos Cantos, de Leopardi, está ligada quase que intimamente com a sua dificuldade.
É um escritor obscuro, difícil de compreender pelas referências latinas abundantes, mas que vale o esforço. Na obra, que reúne mais de quarenta cantos, L’infinito e Scherzo são ideais para começar. Depois, indico o que os estudiosos chamam de Il ciclo di Aspasia, poemas lindíssimos sobre o amor e a morte.
Mas fica o aviso: é um escritor pessimista. Muito pessimista. Se aproxime com precaução e paciência.
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