Eu não sou o tipo de pessoa que gosta do final do ano. O clima de festas e confraternização me deixa exaurida, a correria pra encontrar presentes e a pressão indiscutível que sofremos pra sermos mais legais e generosos é algo que sempre me incomodou em dezembro.
Uma amiga minha resumiu de forma brilhante o último mês do ano: dezembro é como se fosse uma grande sexta-feira. Partindo disso, vou além: dezembro é aquela sexta-feira de Copa do Mundo com jogo decisivo do Brasil, aquele dia em que ninguém trabalha ou presta atenção nas coisas porque tem algo importante em mente.
E já que dezembro nada mais é do que uma grande sexta-feira, que a gente possa aproveitar.
Sobre Os Doze Pretendentes: sigo a passos lentos, porém firmes. É o final de ano. Em tempos difíceis, me agarro aos mandamentos de escrita de Henry Miller, que prega a todos aqueles que escrevem: “quando você não pode criar, você pode trabalhar”. E é isso que estou fazendo.
Atualizando 🤓
📚 Li Clarissa, de Érico Veríssimo, e estou imersa em Hunger Games, na tradução italiana de Fabio Paracchini e Simona Brogli. É um prazer voltar pra essa saga incrível, num idioma que é relativamente novo pra mim
🐎 Assisti Napoleão. Como uma apaixonada pela história da França e pelas biografias de Napoleão e de Josefina, certos aspectos me incomodaram. Ainda assim, é um belíssimo filme. Se você se interessa por esse assunto, sugiro a biografia Josefina, escrita por Kate Williams.
🅰️ Voltei pro Threads. Mesmo que eu não consiga superar minha preguiça de compartilhar nesses espaços, vou ver como me saio.
Canto da Escrita ✏️
Escolha bem os seus parceiros.
Todo trabalho artístico é um casamento. Escritores precisam de revisores, ilustradores, editores, capistas. Músicos precisam de produtores e técnicos de som. Pintores precisam de curadores, de galerias e de investidores. Não fazemos nada sozinhos.
Digo isso porque, ao voltar pro Threads, me deparei com uma rixa entre influenciadores literários e escritores independentes na plataforma. Os primeiros argumentavam que os escritores eram grosseiros e, muitas vezes, sequer apoiavam o trabalho com uma mísera curtida. Já os escritores, reclamavam que os influenciadores eram rasos nas resenhas. Quem tem a razão? Provavelmente, nenhum dos lados.
Mesmo sendo sumida das redes, trabalho com parceiras literárias desde o início da minha carreira como escritora independente, e nunca tive problemas. Aliás, longe disso: fiz amigas incríveis, que trataram os meus livros com mais carinho do que eu.
Qual o segredo, então? Saber escolher. Avalie o perfil do influenciador, o que ele gosta de ler, de fazer e até de postar. É mais vídeo ou mais foto? O público do influenciador é o mesmo que o seu? Ele está aberto a parcerias? Faça a sua parte.
Trabalhos artísticos são casamentos. E na arte como na vida, relacionamentos demandam atenção.
Até a próxima! ✨
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