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Esse semestre foi poético

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E a minha produção escrita só comprova essa verdade

dez 09, 2024
∙ Pago

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Esse semestre foi poético
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The Poor Poet (1839), de Carl Spitzweg

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O contexto

Escrever poesia nunca foi a minha praia.

Nem durante a adolescência, quando a maioria das pessoas normais se aventura a escrever alguns versinhos, tive essa disposição. Meu negócio sempre foi fazer prosa.

Mas confesso que sempre gostei de ler poesia. Tenho um carinho especial por Mário Quintana e pelos sonetos de Shakespeare, pelos versos de Emily Dickinson, Rimbaud, Verlaine e Baudelaire.

O motivo, no entanto, sempre foi egoísta: ler poesia me ajuda a criar imagens melhores quando escrevo minhas histórias em prosa. A poesia tem o poder de condensar, em poucos versos, algo espetacular, uma imagem capaz de ficar com a gente por anos.

No segundo semestre de 2024, muito por causa da faculdade e das disciplinas que escolhi, fui forçada a escrever poesia. Reclamei, relutei e escrevi uma porrada de poesias que odiei. Acontece.

Eu respirei e transpirei poesia de agosto a novembro na faculdade, lendo o máximo de poetas italianos possível nesse meio tempo. Aliás, me aproximei tanto da poesia nesse semestre que seria um erro não trazer pelo menos algumas das minhas produções para os assinantes premium do Cafezinho.

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Sem mais delongas, vamos às poesias que selecionei.


Escritores

Atiradores de elite
cuja munição, infinita,
são as palavras.

Miram com sentenças,
disparam em parágrafos
e, no campo de batalha
da página em branco,
ficam imortalizadas
as suas escolhas.

Eu não tinha dúvidas que faria algo nesse estilo.

Em meus textos não ficcionais, sofro do mal do escritor que ama, mais do que tudo, falar sobre o próprio trabalho. Algo bem comum, se ouso dizer.

Outra coisa que, durante a escrita desse texto, percebi sobre a minha produção: eu gosto de poesias curtas. Desconfio que seja influência de Quintana, meu poeta preferido, ou uma forma de meu cérebro categorizar as coisas.

Na minha cabeça, a prosa é uma narração de viagem: quanto mais completa e detalhada, melhor. Já a poesia é uma fotografia, o recorte de um momento específico. Gosto de pensar que a poesia, para dizer muito, precisa ser sucinta e criar imagens bonitas.

Além de Quintana, a culpa é toda de Patrizia Valduga e de Patrizia Cavalli, duas poetas italianas que conheci nesse período e que me prenderam de jeito.


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