Muitas sensações esquisitas 🥸
Nesta edição: novos conceitos, redução de metas e o prazer das sensações esquisitas
Essa semana, escrevendo meu novo romance — mais detalhes na próxima seção — descobri que gosto de me sentir esquisita.
Pra quem chegou agora, eu escrevo comédias românticas, novelas, contos e romances contemporâneos há pelo menos 12 anos, apesar de publicar de forma independente na Amazon desde 2020.
Deixando a modéstia de lado, é o que eu sei fazer. Já escrevi tanto que posso criar comédias românticas de olhos fechados.
Mas ultimamente, tenho gostado de experimentar coisas novas. E é aí que entram as sensações esquisitas.
A primeira delas veio com As Flores do Duque, um romance de época que se passa no início da República brasileira. Eu nunca tinha me aventurado no gênero, e a sensação esquisita de não saber me acompanhou da escrita à reescrita. E eu gostei dela.
Agora, me aventurando no gênero de fantasia, a sensação é a mesma. Eu não sei o que fazer. Na verdade, não tenho nem ideia. E adoro não saber, porque assim posso descobrir aos poucos.
Se você escreve e está com medo de experimentar porque tem medo — medo de o seu público não gostar, de você não ter leitores, de ninguém se importar —, esse é um incentivo pra você ir em frente.
O artista que não experimenta e não se recria constantemente, mesmo que seja só um pouquinho, fica fadado ao lado medíocre da vida.
Sobre O Fator Elena: considero a história oficialmente terminada, apesar de ainda precisar escrever a sinopse e pensar na capa. Como dizia um professora minha, isso tudo é perfumaria. É bom demais saber que o grosso do trabalho está concluído. O livro ficou do jeito que eu queria? Sim e não. Mas ele existe e me tocou bastante. É isso o que importa.
Sobre Os Doze Pretendentes: cheguei à escrita do quarto capítulo sem grandes problemas. Ainda é um processo lento, de reconhecimento do terreno, mas super divertido. Fazia, pelo menos, uns oito anos que eu não escrevia coisa alguma no gênero de fantasia. E a sensação é ó… terrível, meus amigos. Mas seguimos 👌🏻
Atualizando… 🤓
📚 Reduzi pela metade minha meta de livros no Goodreads. Aos curiosos, a meta caiu de 30 para 15 livros. A ideia é ler menos, mas obras mais densas. Vamos ver no que dá.
📹 Depois de dois anos, fiz uma live no YouTube. A sensação de déjà vu dos tempos da pandemia veio forte. Ainda assim, foi super divertido bater papo com a galera e possivelmente farei isso de novo.
⚡ Troquei meu planejamento em fichas pautadas pelos boards da plataforma Miro. A descoberta agilizou meu processo de outline e com certeza economizou espaço nas minhas paredes. Se você escreve, fica aí a dica.
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Vapt vupt 💨
Essa semana me deparei com o conceito de sprezzatura.
Definida no século XVI, por um diplomata italiano chamado Baldassare Castiglione, sprezzatura é
a capacidade de aparentar indiferença e facilidade na realização de ações difíceis, escondendo conscientemente o esforço que elas exigem.
Resumindo, é a capacidade de fazer o difícil parecer fácil.
Mas cuidado: isso não significa não se esforçar. Nem ser arrogante a ponto de subestimar toda e qualquer tarefa que apresentem a você.
Sprezzatura significa fazer tudo com excelência, mas esconder o ouro quando o assunto é demonstrar o esforço realizado pra chegar até o resultado final.
Tive uma professora que organizava eventos na faculdade e que sempre dizia o seguinte pros monitores: a cozinha pode estar pegando fogo, mas ninguém precisa saber disso no salão.
Tudo na vida é difícil. Escrever livros, fazer música, se relacionar com as pessoas, monitorar eventos e por aí vai.
Mas quando você aparenta fazer tudo com tranquilidade e sem esforço — mesmo que você não se sinta assim — as pessoas começam a acreditar.
E você também.
Até a próxima! ✨
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