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Não quero mais escrever livros 🥰
Nesta edição: um pensamento recorrente, trabalho contínuo e desistência
Não fui a maior fã da tetralogia napolitana de Elena Ferrante.
Demorei mais do que o comum pra finalizar a leitura, gostei de pouquíssimos personagens e confesso que, se fiquei até o final, foi por causa da escrita.
Mas apesar de tudo, a tetralogia napolitana — em especial o último livro — foi uma saga que arrancou de mim toda a vontade de escrever. E isso tem um lado incrível e ao mesmo tempo assustador.
Questionar crenças estabelecidas, mesmo que nos deixe em estado de suspensão, é o poder da boa literatura. E depois dessas mais de 1000 páginas, essa citação volta e meia retorna aos meus pensamentos:
“Para escrever é preciso desejar que algo sobreviva a você. Já eu não tenho nem mesmo a vontade de viver, nunca a tive tão forte quanto você. Se pudesse me apagar agora, enquanto estamos falando, ficaria mais que contente.”
Ainda não sei o que fazer com ela, mas acho que é o começo de um questionamento bem interessante.
Enfim.
Sobre Os Doze Pretendentes: sigo em frente. Cheguei num ponto da história em que não há muito o dizer, só trabalhar. Além disso, entre os resumos dos capítulos e a escrita, intercalo a construção do mundo numa espécie de wiki pra referências futuras.
Atualizando… 🤓
📚 Finalmente terminei a tetralogia napolitana de Elena Ferrante. Apesar de todas as ressalvas que tenho, considero o resultado majoritariamente positivo. Aliás, como eu disse ali em cima, dá pra ver que o último livro mexeu bastante comigo. Pra quem curte, a HBO tá produzindo uma série sobre os livros.
🍝 Sigo firme nos estudos de italiano. Recentemente finalizei esse audiobook — um clássico indispensável — e estou lendo uma não-ficção hypada que sempre julguei ser terrível, mas que tem seus méritos: La sottile arte di fare quello che c***o ti pare.
🎧 Essa música não saiu dos meus ouvidos durante as duas últimas semanas.
📸 Voltei a fazer algo que era bem recorrente na minha adolescência: fotografar com câmeras analógicas. Trarei imagens em breve.
Canto da Escrita ✏️
Sem querer soar pessimista, mas às vezes o melhor que podemos fazer é desistir.
Seja de uma ideia, de um personagem, de páginas inteiras ou mesmo do ato de escrever. Não é feio desistir, como alguns gurus baratos de escrita dizem por aí. Desista, reavalie. Volte, se quiser, ou vire as costas e encontre algo melhor pra fazer.
Mudanças de rota — ou mesmo desistências — são fundamentais no processo artístico.
Até a próxima! ✨
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