Não se explique demais
Como diz minha mãe, explicação é aquela coisa que a gente só deve dar mesmo pra porteiro
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Talvez eu esteja me tornando repetitiva, mas a queda do X ainda reverbera por aqui. E olha que eu nunca fui tão twitteira, assim, viu?
Ainda assim, essa queda me trouxe a confirmação de um ensinamento que a filosofia faz questão de meter na minha cabeça repetidas vezes: tudo tem um fim, e é besteira torcer pelo contrário.
Por isso, nesse mês de setembro, tomei algumas micro decisões sobre as redes sociais — e sobre a minha carreira — que vão mudar algumas perspectivas do meu futuro como escritora.
Mas chega de falatório. Mais sobre isso ao longo da lista!
Sobre Os Doze Pretendentes: me divertindo pra caramba. Com o planejamento refeito, posso só confiar no processo, escrever com alegria e prazer — como diria Henry Miller — e aproveitar os meus momentos com Hugo e Elise antes de passar a bola para vocês.
Se você perdeu, eu fiz um dossiê completão apresentando o mundo de Os Doze Pretendentes pra quem é assinante premium do Cafezinho. Pra dar uma espiada em detalhes exclusivos não só do mundo, mas do casalzão que vai guiar esse livro, só clicar no banner e correr pro abraço.
📚 Leituras incríveis foram feitas. Entre elas, destaco o 1º volume de História da Filosofia Ocidental, de Bertrand Russell, que aborda os principais fundamentos da filosofia antiga, e o clássico atemporal O Pequeno Príncipe, uma releitura que fiz em italiano e que me emocionou do mesmo jeito.
📖 Sobre as leituras atuais: sigo desbravando o Livro do Desassossego, que pelo jeito vai me consumir até o final do ano. E dando continuidade aos estudos de filosofia, comecei o 2º volume de História da Filosofia Ocidental, que foca principalmente na filosofia católica. No italiano, estou lendo coisas mais leves, como a série Bridgerton. Aos curiosos, não estou lendo em ordem, mas conforme as temáticas me chamam mais atenção, exatamente como fiz com a série da Netflix. Aliás, olha que doido como essa série fica dublada em italiano.
🎧 Outra coisa legal: consegui 3 meses grátis do Audible, o serviço de audiobooks e podcastas da Amazon. E claro que uni o útil ao agradável e li o sexto volume da série Bridgerton — o livro da Francesca — em italiano, ouvindo o audiobook ao mesmo tempo. Fica aí a recomendação se você está querendo praticar outra língua. Ah, e se você for assinante Prime, também pode garantir o seu teste clicando no link.
📸 Lembra que eu falei sobre decisões e sobre redes sociais lá em cima? Pois é. Depois de muito adiar, voltei com tudo pro Instagram. A queda do X me mostrou que apostar todas as minhas fichas numa rede social é morte certa. Se você quiser acompanhar um pouquinho mais da minha vida e dessa jornada, só me seguir.
🍂 Notícia boa: Bon Iver, minha banda preferida desde a adolescência, lançou um novo single, e é tudo o que a Rachel de 16 anos teria amado ouvir. Quem conhece o projeto de Justin Vernon, sabe que esse tipo de som lembra — e muito — For Emma, Forever Ago, álbum lançado em 2007. Eu amo quando artistas voltam às suas origens, e não vejo a hora de ouvir o EP completo.
Não se explique demais.
Como escritores, queremos ser entendidos. Aliás, não existe nada pior do que não ser compreendido por quem nos lê, mas evite o pecado de tentar explicar os seus textos.
Na Escrita Criativa, é comum lermos os textos dos colegas em voz alta, com a projeção no telão. E depois da leitura, é mais comum ainda o escritor ou escritora querer explicar o texto.
"É que na verdade, o que eu quis dizer foi..." é uma frase que me assombra. Se queria dizer, por que não disse? É uma verdade universalmente reconhecida que, se você precisa explicar, isso é um sinal de que seu texto precisa ser reescrito.
Lembre-se: seus poemas, contos ou romances não terão a sua presença para explicar o que você queria dizer, mostrar ou fazer. Se você quer dizer, diga. Ou melhor, escreva.
As palavras, ao contrário do que muitos escritores pensam, não estão contra você. Use-as com sabedoria e precisão. Juro que não vai fazer mal.
Até a próxima! ✨
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