Seu ponto de vista tá errado... 😳
Nesta edição: mudanças de gênero, antecipação negativa e diferenças sutis
Em maio, decidi realizar um sonho que me ronda há tempos: estudar italiano.
Quando comentei o fato com alguns amigos, a principal pergunta foi pra quê?
É útil pro meu trabalho? Não. Tenho alguma viagem programada pra lá? Também não. Existe alguma necessidade de me comunicar nessa língua? Com certeza não.
A resposta que dei foi a seguinte: vou aprender italiano pelo simples prazer de aprender. Tem coisa melhor do que isso?
Esse é o seu sinal pra ir fundo e, talvez, aprender algo por aprender. Conhecimento, afinal, nunca é demais.
Sobre o Os Doze Pretendentes: sigo firme, porém com um mudança importante. Depois de estudar os elementos dos gêneros literários no curso de Escrita Criativa, percebi que a história não é do gênero de fantasia, mas uma boa e velha aventura.
Vivendo e aprendendo. Aparentemente, ainda não foi dessa vez que o bichinho da fantasia me picou. Fica pra próxima 😅
Atualizando… 🤓
📚 A Amiga Genial, de Elena Ferrante, é um livro estranho. Nada acontece, mas tudo acontece. Finalizei a leitura ontem e confesso que me inspirou a escrever algo em primeira pessoa. Ainda vou trabalhar a ideia. Será que #vemaí?
🔥 Como boa fanfiqueira que sou, não vejo a hora de assistir o próximo lançamento da Pixar, Elementos. Ver um casal de protagonistas assim, num filme de animação, é basicamente um sonho realizado.
📹 Tem tanta coisa acontecendo no momento que meu canal de games ficou um pouco de lado. Espero conseguir voltar com a produção em breve.
Vapt vupt 💨
Lendo Sobre a Ira/Sobre a Tranquilidade da Alma, de Sêneca, encontrei essa pérola:
Sempre considera que haverá algo que te ofenda.
Essa é uma das maiores lições da filosofia estoica: todo dia, quando saímos de casa, precisamos antecipar a ideia de que alguma coisa — ou de que alguém — vai nos ofender ou nos desagradar no caminho.
Sabendo disso, Sêneca propõe a reflexão: vale a pena a gente se estressar contra o que já tá fadado a acontecer?
Canto da Escrita ✏️
Recentemente peguei A Preparação do Escritor, de Raimundo Carrero, pra estudar. E ele tem uma conceituação ótima de foco narrativo e ponto de vista.
Resumindo, foco narrativo é a pessoa verbal — primeira, segunda, terceira, etc. — e ponto de vista é a visão do personagem. O que gera combinações curiosas. Como assim?
Podemos ter somente um foco narrativo durante toda a história e inúmeros pontos de vista. Meu último livro, As Flores do Duque, foi assim: foco narrativo na terceira pessoa do singular, com dois pontos de vista. O Fator Elena, meu próximo lançamento, tem um foco narrativo e quatro pontos de vista.
Também podemos ter um foco narrativo e um ponto de vista. Como foi o caso de Suíte 2121. E de 457 Milhas.
Além disso, podemos ter vários focos narrativos e vários pontos de vista. Ou vários focos narrativos e um ponto de vista. Já pensou que doideira? Se você escreve, tá na hora de experimentar essa brincadeira :)
Até a próxima! ✨
Muito obrigada por ser um inscrito dessa newsletter! Se você quer apoiar ainda mais o meu trabalho, pode comprar meus livros na Amazon ou fazer uma doação de qualquer valor pelo botãozinho, via PicPay :)