Você já descreveu a língua do pica-pau? 🪶
Nesta edição: curiosidades, novos formatos e uma mistura interessante
Essa foi uma das frases mais curiosas que encontrei nos diários de Leonardo da Vinci.
Reconhecido por sua curiosidade insaciável, Leonardo costumava anotar o que gostaria de fazer ou de aprender durante o dia. Entre os exemplos, temos:
Descobrir por que o céu é azul
Por que bocejamos?
Descrever a língua do pica pau
Quantos músculos usamos para sorrir?
E centenas de outras perguntas que paramos de nos fazer ali pelos dez anos de idade.
Mas por que descrever a língua do pica pau é tão importante? Porque nos mostra que, quando o assunto é criatividade, o melhor é ser curioso sobre tudo, até sobre o que você acha meio inútil.
Afinal, a gente nunca sabe quando vai ser necessário descrever a língua do pica pau.
Sobre Os Doze Pretendentes: sigo na escrita do primeiro rascunho, ainda com as dificuldades rotineiras de todo e qualquer início. Sinto falta da familiaridade com os personagens e com o mundo que criei, mas isso é normal. Só espero que passe logo.
Enquanto isso não acontece, aí vai mais uma das famílias que comandam o Continente:
A Astuta Casa Vásquez Salazar, da Província de Alto Fidelis
- Fundada por Solano Vásquez Salazar, o Perspicaz, a Astuta Casa Vásquez Salazar comanda os pântanos ao leste do Continente com mão de ferro.
- Os Vásquez Salazar tem divergências políticas e econômicas com os Ortega Marino desde os primórdios da história do Continente. Apesar da distância física, as duas casas competem principalmente pela supremacia da importação têxtil para Sodhagar, o Velho Continente.
- Além da astúcia, os Vásquez Salazar são reconhecidos pela crueldade. Durante a Primeira e a Segunda Guerra de Fé, foram organizados julgamentos, conhecidos como Tribunais, para enforcar praticantes da Fé Anciã em praça pública na província. Os enforcamentos ainda ocorrem, porém com mais raridade.
- O símbolo d’A Astuta Casa Vásquez Salazar, da Província de Alto Fidelis, é uma serpente verde sobre fundo preto, e seu lema é: Perseverança para vencer.
Essa família é o estopim de Os Doze Pretendentes. Prometo trazer mais detalhes em breve :)
Atualizando… 🤓
📚 Finalizei duas leituras: A Metamorfose e a biografia de Leonardo da Vinci. As próximas leituras serão A Amiga Genial, de Elena Ferrante, e Sobre a Ira/Sobre a Tranquilidade da Alma, dois diálogos de Sêneca.
📹 Fleabag e Charles Dickens têm tudo a ver. Pelo menos na minha cabeça.
🔫 Assisti John Wick 4 e fiquei com ainda mais vontade de voltar às origens e escrever uma história de ação, com muito tiroteio e perseguições. Será que vem aí?
Vapt vupt 💨
Essa semana o Substack lançou o Notes, um espaço pra compartilhar pensamentos, links, imagens, citações e outros conteúdos em formato curto. Basicamente um Twitter, mas sem a parte ruim. Pelo menos por enquanto.
Possivelmente vou usar o espaço como uma caixinha de citações interessantes que encontro por aí e como um arquivo pra documentar meu processo de leitura de uma forma mais leve.
Se você é inscrito no Cafezinho ☕, já tem acesso aos meus Notes e pode curtir, compartilhar e até bater um papo comigo. Só chegar :)
Canto da Escrita ✏️
Folheando meus cadernos, encontrei esse insight incrível, que anotei há quase um ano, e que me parece interessante compartilhar agora:
“Não usamos as histórias para escapar da realidade, mas para navegá-la.”
A citação vem direto de Story Genius, livro da autora Lisa Cron.
Nele, a escritora se propõe a usar a psicologia para planejar uma história do início ao fim, passando por todas as técnicas de concepção e execução de narrativas.
Sendo sincera, é um livro para iniciantes, não para escritores de níveis mais avançados que estejam procurando uma forma de fortalecer o ofício. Mas é uma boa leitura no geral, ainda mais quando traz insights tão poderosos quanto esse que apresentei.
E pensando nisso, quais histórias estão ajudando você a navegar a realidade?
Até a próxima! ✨
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Considerando que naquela época não existia o "tio Google", como será que se dava o aprendizado de Leonardo da Vinci? Após decidir que queria descrever a língua do pica-pau, como ele foi em busca de descobrir? observação? livros?
É uma interessante observação para a atualidade, onde o nosso "aprender" é buscar no Google e ler algo resumido (que nem sempre podemos encarar como a resposta certa ou a única resposta possível) e isso nos tire, talvez, o aprendizado verdadeiro pois nos foi dado de mão beijada.
Acho que a observação, as leituras para buscar uma conclusão e a tentativa e erro estão mais próximas de nos ensinar algo do que o Google.
Que sejamos mais como Da Vinci.
Amei a newsletter! (e se houver mais para dividir sobre esse processo de aprendizagem dele, estarei ansiosa para ler)